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A matemática da vida

Revisando meus registros encontrei algumas frases de crianças que mostram como o pensamento matemático faz parte da nossa vida.

Uma criança chega no espaço e começa a me contar que hoje seu irmão não vem e que portanto, hoje ela é “menos um”.

Nesse mesmo dia, em outro ambiente, uma criança pega um jogo com alguns bonecos de madeira e vai montando sua família, contando que agora são 4, pois a sua irmã nasceu.

Parece simples perceber que eu sou um, meu irmão é um, eu mais o meu irmão somos dois e que eu sem o meu irmão somos dois menos um, entender também que eu, minha mãe e meu pai somos 3, mas agora que minha irmã nasceu somos 4.

A hora do lanche é outro momento riquíssimo de diálogos matemáticos:

– Me dá metade?
– Eu também quero.
– Vou dividir pra nós 3.
– O seu ficou maior.
– Tá mais alto mas de largura tá menor, fica igual.

Parece simples, mas são exatamente essas conexões entre a vida e o pensamento, expressadas pela linguagem, que formam as sinapses mais profundas, as memórias mais permanentes e assim o aprendizado mais verdadeiro.

A gente pode aprender a teoria matemática, memorizar fórmulas, entender os princípios para resolver equações, mas isso não nos serve se nossa linguagem matemática não for desenvolvida, se a gente não aprender a utilizar números, unidades, medidas, escalas, formas e operações para nos comunicarmos melhor, para resolver problemas com base na lógica, para ler e interpretar o mundo com estas lentes.