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É um foguete

Manhã ensolarada, crianças lá fora, três amigos olham para o céu:

  • É um foguete!
  • Não, é um jato.
  • É um avião.
  • Um avião a jato.
  • Não, é um foguete porquê tem fumacinha, avião não tem fumacinha.
  • Tá indo para minha casa. Pra lá é minha casa.
  • Tá indo pra árvore, olha lá!
  • Foguete vai pra Lua.
  • Mas a Lua só tem de noite.
  • Ontem eu vi a lua com meu pai e era de tarde, tinha sol.
  • Não vai pra sua casa, sua casa é no chão e ele tá muuuuito alto.
  • É lá no céu.

Essas foram algumas das frases que consegui anotar desse diálogo, lembrei de uma “tarefa de casa” do primeiro ano, que vi na casa das minhas cunhadas meses atrás, uma folha com desenhos de meios de transporte para serem classificados entre terrestres, aéreos ou aquáticos e um ligue os pontos com seus nomes. O que me chamou atenção é que a tarefa continha desenhos de metrô, trem, navio e submarino, sendo que as meninas nunca tiveram contato com esses meios de transporte pois moram numa cidade pequena e sem mar. Foi um grande desafio explicar o que era um metrô e claramente não ouve um entendimento da parte delas. Mas se via claramente que a compreensão do que é um metrô ou um submarino não lhes importava, estavam fazendo a tarefa para entregar, não para aprender.

Possibilitar que as crianças pensem, digam o que estão pensando, troquem umas com as outras, raciocinem, construam seu pensamento baseado no que estão vivenciando, construam suas questões, busquem ajuda e sejam atendidas quando necessário, enfim, que tenham tempo resguardado para olhar para o céu e de fato: aprender.

Reinventar a Escola é aprender conectado com a vida.