Resolver problemas ≠ encontrar a resposta
A gente se acostumou a associar o aprendizado a encontrar a resposta certa.
Todo o modelo escolar está focado em avaliar as respostas que os aprendizes dão as perguntas que os educadores fazem.
De fato, a habilidade de responder perguntas é importante em alguns momentos da nossa vida, mas não pode ser a habilidade predominante desenvolvida na escola.
Por vezes, acreditamos estar desenvolvendo a habilidade de resolver problemas quando apresentamos uma combinação de:
- um conteúdo
- uma série de questões
- um passo-a-passo para resolver
- uma avaliação das respostas
Mas essa “simulação” de resolução de problemas não desenvolve a habilidade de resolver problemas da vida real. Pense na sua realidade, é muito comum passar por essas etapas:
- Estar realizando quando atividade da vida
- Se deparar com um problema
- Ter que encontrar formas, ferramentas, conteúdos, métodos e/ou outras pessoas para (te ajudar) resolver
- Avaliar se a resolução foi satisfatória
Creio que criamos e seguimos promovendo essa simulação da vida e da resolução de problemas fictícios por não acreditar na potência das crianças em serem protagonistas do seu aprendizado, por não dar importância aos problemas que são reais na vida da criança, problemas estes que nos permitem percorrer caminhos até resolução que em suma vão proporcionar seu desenvolvimento.
Ressignificar nosso papel de educador, silenciar nosso desejo de entregar o conhecimento e acompanhar as crianças em suas criações, questões, explorações, pesquisas, curiosidades, vontades e então poder apoiá-las a resolver os problemas com que vão esbarrar, permitindo descobrir a forma que mais faz sentido para elas seguirem.
Reinventar a escola é poder aprender a resolver problemas reais.
